terça-feira, 23 de setembro de 2008

Filme sobre o médico Bezerra de Menezes é fenômeno de público


Em três semanas de exibição, filme foi assistido por 150 mil espectadores.

O ator Carlos Vereza sofreu um acidente, há 18 anos, que mudou de uma vez por todas a sua vida. Escalado para atuar no programa Delegacia de mulheres, da Rede Globo, ao protagonizar uma cena de ação, grande quantidade de pólvora explodiu próximo à sua cabeça. O ouvido interno foi atingido. “Fiquei em depressão profunda, quase perdi a audição e não consegui fazer mais nada daí em diante”, lembra. Ao ver o desespero do sobrinho, uma tia, muito católica, o sugeriu procurar ajuda no Centro Espírita São Luiz, onde eram feitas materializações e curas.

 Assista ao videochat com Carlos Vereza

“Fui até lá, não estava nem cético, nem crente, mas desesperado. A depressão é a morte em vida. Com sete meses, graças à ajuda, me colocaram em condições de voltar a trabalhar.” A experiência foi crucial para o desempenho como protagonista de Bezerra de Menezes: o diário de um espírito, filme que, em três semanas de exibição, tornou-se fenômeno de público: já foi assistido por cerca de 150 mil espectadores.

Dirigida pelos cineastas cearenses Glauber Filho e Joe Pimentel, a produção conta a saga de Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, ou dr. Bezerra de Menezes, médico, militar, escritor, político, que se notabilizou em outra área, como expoente da Doutrina Espírita do Brasil. O filme apresenta a trajetória daquele que ficou conhecido como o “Kardec brasileiro” e sua luta em prol dos desvalidos. De onde vem o sucesso? Vereza atribui ao contraponto que faz à cultura da violência. “Tudo hoje é veloz, é tiro, é carro batendo. Vivemos numa engrenagem da violência. Nossa história é suave, calma. São 70 minutos em função da vida de um grande homem e as pessoas estão carentes de personagens que simbolizem ética, num momento em que o país é foco de corrupção”, compara. A boa repercussão surpreendeu até o protagonista.


Nenhum comentário: